sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Meu próprio Dr. Greg

Nada melhor para entender um homem do que conversar com outro homem. Pra nós, solteiras, fica muito difícil compreender os sinais (ou a falta deles) dados por um homem. Eles não são sinceros nem objetivos, pelo menos não de uma maneira inteligível para uma mulher. Logo, ontem recorri a uma ajuda especializada. Assim como o Dr Greg faz no livro He’s Just not that into to you (virou até filme), meu consultor analisou meu caso e deu seu veredicto: esse é do tipo canalha sujo. “E existe esse tipo aí, que quando tá afim procura a mina e se leva um chega pra lá joga sujo apelando com papinho de que sempre quis estar junto, mas não seu por causa de n motivos”, ele foi categórico.

Sinceramente, sua precisão na resposta nem me chocou. Eu não esperava realmente nada diferente disso – experiência que não é inédita para mim. O que apenas incomoda um pouco é que o cara em questão, o pivô da discussão, é muito próximo, é meu amigo, me conta a vida toda dele e eu conto a minha, aí quando vem um diagnóstico desse – imparcial, pois até então o Dr não me conhece nem a ele – eu logo penso: será que algum se salva? De maneira intencional ou não, tenhamos amizade ou não, o cara realmente age como um canalha sujo.

O saldo positivo é que eu não estou nem um pouco triste com essa história, nem frustrada ou coisa parecida. Esse é só mais um que vai embora, sem nunca ter chegado. Next...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Estamos com fome de amor (Arnaldo Jabor)

Um texto que eu gostaria de ter escrito

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas. Empresários, Advogados, Médicos, Dentistas Engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, estão... sozinhos.

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos “personal dance”, incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão “apenas” dormir abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.

Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a “sentir”, só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como: “Quero um amor pra vida toda!”, “Eu sou pra casar!” até a desesperançada “Nasci pra ser sozinho!” Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.

Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí?
Seja ridículo, não seja frustrado, “pague mico”, saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo.

Será que não posso me aventurar a dizer pra alguém: “vamos ter bons e maus momentos juntos, e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida”.

Antes idiota que infeliz!

Uma metamorfose ambulante

Quem me conhece bem sabe. A intensidade das emoções me fazem tomar decisões definitivas por dois dias. O conflito entre o certo e o errado, útil e inútil, devo e não devo, fazem as curvas das minhas emoções oscilarem mais o que sobe desce da bolsa. Pelo compromisso de fazer algo realmente util para pessoas, que não sejam apenas palavras gastas em um texto inútil, me levou a decisão de matar o blog. E não matei. Apenas tirei temporariamente do ar.
Apesar de ainda o considerar inutil e não agregador de nada para a vida dos seres humanos, volto a escrever. Talvez eu mude a cara dele, mas isso vai acontecer em um momento de sincera inspiração, o que ainda não aconteceu.
Então, eu volto, eu escrevo e continuo não contribuindo para nada com meus textos. E se o que eu sinto for expressado por sábias palavras de outro alguém, aqui também você encontrará seus textos - mas espero que tenha coisas mais úteis a fazer do que ler este blog.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

VAI MORRER

JÁ DECIDI
O BLOG VAI MORRER E ATÉ QUE CONSIGA PENSAR EM ALGO ÚTIL PARA O ESPAÇO VIRTUAL, EU NAO MAIS VOLTAREI A POSTAR.

DÊEM SEU ADEUS!

Pronto

Eu me irrito e pronto
sem motivo aparente, sem razão racional
e de repente tudo em volta contribui ainda mais para a irritação
uns chamam TPM, mas eu acho que pode ser incapacidade de ocupar de forma harmonica e civilizada o mesmo espaço com seres humanos vivos
Sono também! Sono causa irritação
que que eu posso fazer?
to irritada com esse blog tb.
é a maior falta de assunto do planeta - só futilidades
quem perde tempo com isso
eu poderia dedicar a escrever coisas mais consistentes
é acho que vai ser isso
ele tá com os dias contatos

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Em minha homenagem!!!

Start spreading the news,
I'm leaving today.
I want to be part of it,
New York, New York.
These vagabond shoes
Are longing to stray
Right through the very heart of it,
New York, New York.

I wanna wake up in a city
That doesn't sleep,
And find I'm king of the hill,
Top of the heap.

These little town blues
Are melting away.
I'll make a brand new start of it,
In old New York.
If I can make it there,
I'll make it anywhere.
It's up to you,
New York, New York.

New York, New York.
I want to wake up in a city
That never sleeps,
And find I'm a number one,
Top of the list,
King of the hill,
A number one.

These little town blues
Are melting away.
I'm gonna make
A brand new start of it
In old New York.
And if I can make it there,
I'm gonna make it anywhere.
It's up to you,
New York,
New York!
New York!!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Ansiedaaaaade

Geeeeeeeeeeeeeeeeente vou morrer! Quando eu estava pra nascer, passei na fila da ansiedade 364 vezes, porque queria encarnar logo. Resultado: sou a rainha da ansiedade! Vou fazer minha primeira viagem internacional sábado (31/11) e estou em cóoooooolicas. Tudo me deixa apreensiva: ter que ir pra Guarulhos às cinco da manhã, fazer o check in, despachar a mala, fazer a conexão em Bogotá (isso me dá palpitações), chegar no aeroporto, ir pra imigração.... MEU DEEEEEEEEEEEEEEEEEOS! Será que vou sobreviver para viajar? Eu sei que vai dar tudo certo. Mas alguém poderia falar pros meus hormônios não se manifestarem até tudo está totalmente ok.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Colder and Colder

Quanto frio uma pessoa pode sentir? Tem gente que sente muito, outros sentem pouco. Mas como vou saber quanto frio sentirei sem ter tido nenhuma referência deste certo frio antes. Sou uma pessoa exagerada. Se me dizem que vai doer, eu projeto a maior dor da minha vida. Se vai rolar almoço, da-lhe na comida pra não faltar. Enfim, se me alertam sobre alguma coisa eu vou exagerar seja pra mais ou pra menos. E eis o impasse. Vou viajar para os zistados zunidos no próximo dia 31. E aí? Quão fria estará a terra do Tio Sam? Muito fria, já me alertaram. Mas quanto é esse muito? Com certeza é um frio que nunca senti. Acho que não tenho roupa pra isso? Conclusão: vou levar TODAS. Todas as blusas, todos os casados, todas as luvas, todas as tocas, todos os cachecóis, todas as meias e meias calças. Será o suficiente? Se eu usar tudo na primeira semana, vou passar aperto na segunda. Já consultei o “homem do tempo americano”, minha amiga que mora lá já me avisou que está muito frio. E mesmo assim ainda penso, será que não estou exagerando? Não sei quanto frio faz se nevar, nunca estive na neve! Ai meu Deus, quanta dúvida, quanta insegurança. Vou levar tudo. Afinal, vai que precisa!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Pelancas

Não há como fugir delas. Estica aqui, estica ali, creme disso, creme daquilo, mas elas sempre resistirão. Faz parte do nosso processo de decomposição. Estranho pensar assim, né?! Mas é verdade, a cada dia perdemos mais energia, mais colágeno, células e etc. No final, pó. Mas antes de chegar ao derradeiro, vamos analisar o caminho. Nada de pensamentos filosóficos de vamos viver a vida porque o espírito é jovem. Não! O assunto são as pelancas mesmo. As magrelas sofrem mais. Quanto menos carne, mais pelanca. Vovó gordinha é fofa. Vovó magrela é medonha. Por mais que D.Madonna esteja saradeeenha para sua idade, quando o photoshop sai adivinha quem chega?? As pelancas. E eu observo bem o meu futuro. Ou eu engordo ou terei emprego garantido nas festas de Halloween. Se bem que isso pode ser uma fonte de renda (e vingança...ahahah – a bruxa má falando) no futuro. Engordar tá difícil, então vou continuar com o Renew – em prol de crianças felizes aos meus 80 anos.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Eu não quero viver até os 100

Algumas pessoas tem esse desejo. Viver muitos anos, etc , etc. Eu sinceramente não faço parte desse grupo. Com a limitada visão dos meus 28 anos, eu não entendo muito o porque de se viver tanto tempo, mesmo que goze de uma saúde belíssima. Quero viver só o suficiente. Não vou ficar pra apagar a luz. Por mais saúde que se tenha, a idade muito avançada é difícil, fora as limitações naturais, ainda tem as questões emocionais. Considero arriscado desse ponto. Você todo mundo à sua volta partindo. Pelo curso “normal” das coisas, filhos enterram mães, mas com 100 anos a probabilidade de você enterrar um filho cresce. Mas fora esses fatos, não vejo motivo para viver tanto tempo. Você já trabalhou, já criou familia e netos – ou não - , já construiu patrimonio, enfim já deu sua contribuição ao mundo. Eu só quero cumprir meu papel aqui e puft fazer a passagem de forma simples e indolor.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Oito Anos - Adriana Calcanhoto (Dunga / Paula Toller)

Por que você é Flamengo
E meu pai Botafogo
O que significa
"Impávido colosso"?

Por que os ossos doem
enquanto a gente dorme
Por que os dentes caem
Por onde os filhos saem

Por que os dedos murcham
quando estou no banho
Por que as ruas enchem
quando está chovendo

Quanto é mil trilhões
vezes infinito
Quem é Jesus Cristo
Onde estão meus primos

Well, well, well
Gabriel...

Por que o fogo queima
Por que a lua é branca
Por que a terra roda
Por que deitar agora

Por que as cobras matam
Por que o vidro embaça
Por que você se pinta
Por que o tempo passa

Por que que a gente espirra
Por que as unhas crescem
Por que o sangue corre
Por que que a gente morre

Do que é feita a nuvem
Do que é feita a neve
Como é que se escreve
Reveillon

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sobre o nada que vem e vai

Quem procura sempre acha e eu sou expert em achar coisas que não quero encontrar. Se eu não quero encontrar, não deveria procurar, mas....é claro que não é isso que eu faço. Eu procuro e acho. Depois não gosto. Não que eu não goste, mas eu ficaria melhor se não tivesse achado. Então, por que eu procurei? Simples, porque eu não tinha nada melhor pra fazer na hora. E pronto. Aí fico triste por cinco minutos, lembrando de todas as paixões de 30 segundos que nunca foram pra frente e por isso mesmo eu fico olhando pra trás. Se tivesse algo melhor agora, eu não olharia, afinal de contas não sou masoquista e quem vive de passado é museu – ou então quem não percebe o presente interessante e não visualiza um futuro muito diferente.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Dois contos de fadas para mulheres do séc. 21

Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:
- Você quer casar comigo?
Ele respondeu:
- NÃO!
E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela. O rapaz ficou barrigudo, careca, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.

FIM!!!

(Luís Fernando Veríssimo)


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Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã. Então, a rã pulou para o seu colo e disse: - Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre... E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava: - Nem fo-den-doooo!

FIM!!!

Luís Fernando Veríssimo)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Pequenos rituais

Não preciso de muita coisa pra ser feliz. Apesar de eu gostar de ter muitas coisas que ainda não tenho, alguns pequenos rituais da minha rotina causam imenso prazer. Gosto de chegar em casa depois do trabalho, passar um café quentinho e assistir a temporada velha de House na TV. Agora tenho um hábito que me agrada em demasia. Todas as quartas, faço aula de dança. Desde que descobri o espetinho que fica na mesma rua, minha vida se transformou. Com ou sem companhia, é lá que eu paro todas as quartas antes da aula para comer. Sento sozinha na mesa, cumprimento os garçons – que a essa altura do campeonato já estão virando meus amigos de infância – e peço uma long neck, um espetinho de alcatra, um de mussarela e um doce para arrematar. Que delícia! Sentada ali, conversando com meu próprio cérebro, resolvo problemas, tomos decisões, lembro de coisas gostosas do passado e pronto. Coisa de 20 minutos e me levanto para ir pra aula – que obviamente é executada com muito mais facilidade com a leveza do lúpulo e da cevada no meu sangue. Todos os movimentos peristálticos parecem coisa de criança (criança superdotada e habilidosa, porque dança do ventre é difícil de qualquer jeito). E assim, encerro minha quarta-feira. Chego em casa morta de cansaço, tomo um banho gostoso e vou pra cama. Adoro essa rotina!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

I can see clearly now the rain is gone

I can see clearly now the rain is gone.
I can see all obstacles in my way.
Gone are the dark clouds that had me blind.
It's gonna be a bright (bright)
bright (bright) sunshine day.
It's gonna be a bright (bright)
bright (bright) sunshine day.

Oh yes, I can make it now the pain is gone.
All of the bad feelings have disappeared.
Here is the rainbow I've been praying for.
It's gonna be a bright (bright)
bright (bright) sunshine day.

(ooh...) Look all around, there's nothing but blue skies.
Look straight ahead, there's nothing but blue skies.

I can see clearly now the rain is gone.
I can see all obstacles in my way.
Here's the rainbow I've been praying for.
It's gonna be a bright (bright)
bright (bright) sunshine day.
It's gonna be a bright (bright)
bright (bright) sunshine day.
Real, real, real, real bright (bright) bright (bright)
sunshine day.
Yeah, hey, it's gonna be a bright (bright) bright (bright)
sunshine day.

Final de semana perfeito, com amigos e sol. Sunshine day!!!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Mangalô, três vezes!

Proatividade é uma merda já diria minha chefe. E nóis de Minas adoramos interagir. Lá fui eu, feliz sorridente, pequena e espevitada com sempre. Correndo como uma louca, pois precisava tirar uma foto para uma documentação. Cheguei na fotótica e resolvi meu desespero em dois tempos. Ótimo! Aí chega um distinto rapaz ao lado e pede o mesmo tipo de foto. A proativa aqui falou na maior inocência interativa: “vai ficar ‘bonito’ igual na foto?!”. Ele tenta ser simpático: “ainda bem que essa foto é só de cinco em cinco anos”. O comentário faz o seguinte efeito em minha pessoa: “engravatado esnobe fedaputa, então você viaja o tempo todo?!? Quem perguntou!” . Como eu disse no texto abaixo, essa seria a resposta que o gênio do mau que habita em mim daria. Mas claro, que eu me controlei, afinal a proativa fui eu. Voltando a mim. Saí correndo da loja e fui pro banco. Na volta atravessando a rua em frente ao shopping com quem dou de cara? O engravatado esnobe. Eu tinha acabado de ver o homem há dois minutos, o que pessoas educadas fazem? Se cumprimentam, nem que seja um leve levantar de sobrancelhas. O cara me viu e quando chegou ao meu lado, olhou pra frente. Realmente, ele era um engravatado esnobe fedaputa. Mas a história não acabou por aí. Hoje de manhã com quem que eu encontro na rua de novo? Sim, com ele, que mais uma vez me reconheceu e mais uma vez me ignorou. Tá amarrado em nome de gesusi! Pé de pato, mangalô, três vezes! Sai de mim coisa feia.

O gênio mau que habita em mim

Desde os tempos em que eu assistia Walt Disney e fui apresentada pela primeira vez ao capetinha e ao anjinho que incentivam as ações dos personagens, vi que aquilo tudo fazia absoluto sentido. Sempre que tenho pensamentos pecaminosos, imagino o capetinha assoprando sugestões no meu ouvido. O anjinho a gente quase nunca percebe e costuma atribuir as boas ações a si mesmo (óbvio).


Recentemente, descobri que o capetinha tem um animalzinho de estimação. Como eu não gosto dele, eu o deixo dentro de mim, bem escondidinho, preso e amordaçado em uma jaula. Mas é só cutucar e o bicho enlouquece. Ele vem com tudo com pitadinhas de crueldade que só eu sei. Eu digo que só eu sei, porque ele fica dentro. Eu não o deixo sair, meu povo! Vocês estão em segurança, garanto!Mas que ele está aqui, ele está. Fica se revirando, doido pra encontrar um pescoço para devorar. Depois que ele gasta toda a energia internamente, ele sossega de novo e volta a dormir.


Isso parece ruim. Mas não é. Não é porque consigo perceber quando ele está fugindo do controle e vai machucar as pessoas e aí seguro o bicho. Ruim é deixar ele por aí, atropelando tudo e todos. O anjinho fica aqui coitado, trabalhando, trabalhando para transformar essa fera em uma linda gazela encantada e dócil. Ele vai conseguir!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Pedi e obtereis

Já falei sobre isso antes aqui e na época resolvi abster-me de pedidos (cliquem). Mas dessa vez, não tive pudores. Pedi com todas a letras: EU QUERO UM CELULAR NOVO DE GRAÇA!!! E ganhei. Minha operadora linda e maravilhosa – que claro, me quer fidelizada por um ano, mas o que é um peido pra quem tá cagado, já que estou há sete anos na mesma TIM – me deu um celular lindo LG Scarlet, que lava, passa, cozinha e faz sexo oral. Um luxo. Nem a minha TV de casa é HDTV, mas o celular é TV Digital. Ele é touch screen (ai que rico), tem bluetooth (pra paquerar na balada, metro, hospital, cemitério, enfim é a moda xavequeira da vez), toca MP3 pra eu ouvir todas as musicas do Bon Jovi o dia inteiro, tem joguinhos e etc. Tudo isso DE GRÁTIS! Será entregue no conforto do meu lar em 15 dias. O grande mistério é saber se eu terei capacidade mental para lidar com tanta tecnologia. Espero que o manual venha com desenhos explicativos e um video com mini-workshop. Olá, riqueza!

foteeeeeenha pra gerar inveja (espero que essa merda não seja só mais um rostinho bonito)

terça-feira, 28 de julho de 2009

O retorno de Saturno

O que que há? O que que tá se passando com a minha cabeça? Com vontade de acertar demais, vem um erro atrás do outro. Pequeno, grande, talvez insignificane, mas é erro. Erro que poderia ter sido evitado por uma pequena atenção a mais. As energias estão todas fora do lugar. Para calar, falo. Quando é importante falar, simplesmente me calo. Por que não disse quando você me perguntou? Por que não calei quando você me pediu? Agora, sou eu e meus erros em silêncio. Já não sou mais como era antes e sinceramente não sei se isso é bom. Eu gostava de mim antes. Eu confiava mais em mim antes. Eu mudei sim. De um jeito que eu não queria e que não pude evitar. E as pessoas que amo? Magôo, magôo e magôo. Já fui uma filha melhor, uma irmã melhor, uma amiga melhor. Sim, eu já fui muito melhor. Tudo em volta roda e eu estou cada vez mais tonta. Tão estranho, tão instatável. Estou fraca na fé, fraca no amor, fraca na alegria. Hoje eu não tenho nada a mais para oferecer. Estou toda errada. Começo mais um ciclo com a clara certeza de que não me reconheço mais. E como é ruim admitir isso. Perdoa se puder, perdoa.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Discurso padrão alcoolizado

Festinha de aniversário da fiRRRma, tem sempre um palhaço. O amigão, o engraçado, o figura...coloquem tudo no feminino e a bola da vez na minha fiRRRma sou eu mesma. E eu te pergunto, que eu posso fazer? Eu podia ser mais meiguinha, mais delicada, mais feminina, mas apaputaquepariu com tudo isso, porque não tem jeito, eu não sou assim. No último sábado, eu reafirmei minha posição no picadeiro.
Após, muito dançar, fazer novos amigos e algumas cervejinhas, peguei carona de volta pra casa com uma coleguinha e seu respectivo. Eu que já falo pouco, fui falando mais ainda no caminho da volta. Muito do discurso só foi revelado a mim mesma nesta segunda-feira. E era algo mais ou menos assim: “Sabe como é que é Fê, eu não tenho família em São Paulo. Eu sou sozinha. Acho que vocês deveriam me deixar em casa. E se eu passar mal no caminho? Vou ficar em casa toda largada, sem ninguém.” Tudo isso com a voz mais dramática que eu poderia fazer. Nem assim convenci e fui largada ao léu em plena paulista.
Aí só tinha eu comigo mesma a pensar: “esse sapato tá doendo. Mas não dá pra tirar no meio da rua, com o monte de micróbios que tem no chão. Ai que nojo. Ih, qual ônibus vou pegar?” Peguei logo qualquer um e antes que desse por mim mesma, estava na porta do meu prédio e ali, sim, em cima do tapetinho lavado diariamente pelos zeladores fofos, eu tirei o sapato assassino. E mal sabia eu da missa a metade. Apenas nessa segunda, me foi revelado o discurso fatídico. E uma outra amiga, com quem peguei carona voltando de um churrasco meses atrás, falou que já conhecia o discurso de cor e salteado, pois eu usara a mesma ladainha na volta pra casa.
Neste último sábado o discurso não me deixou na porta de casa, mas solidarizou meus amigos, que agora querem me dar colo constantemente. O que eu acho ótimo, já que meu aniversário está chegando e acho que vou repetir esse discurso em algum momento.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ishalá muito ouro

(no ritmo da música da xuxa)

A riqueza bateu em minha porta
E eu abri
Senhoras e senhores
Não sou pobre mais não
Senhoras e senhores
Não vou mais trabalhar
Senhoras e senhores
Só quero vida boa
E a pobreza no olho da ruaaaaa

ps.: post baseado numa obra de ficção científica

Egoísta

Toc toc
(silêncio)
Toc toc
(hmmm não deve ter ninguém em casa)
Pega o telefone. Melhor não ligar, tá tarde.
Vou escrever. Pensando bem, melhor não.
Fica aí quieto no seu canto, que eu fico aqui no meu.
Talvez você esteja na mesma situação. Ou talvez eu só queira que você esteja para que eu não me sinta a única sozinha nisso.
Ela bateu aqui em casa. Fingi que não tinha ninguém. Não quero deixar ela entrar. Pelo menos não com a minha autorização. Ela bateu aí também? Pensei em ligar ou escrever só pra te perguntar isso.
Mas e se ela estiver te rondando também e a gente perceber que tá no mesmo barco. Só que como sempre remando estupidamente para lados opostos. Será que vai adiantar dar notícias?
Acho que seria só para alimentar meu egoísmo.
É, melhor não mesmo. Deixa como está. Só saiba que de vez enquando penso em você. Exatamente nas cínicas situações em que me sinto sozinha. Depois, passa.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Vozes

Eu ainda morro disso. Qual o poder de uma voz? Quando se está sozinha em casa e frases parecem surgir em seu ouvido sem que você consiga identificar a fonte, eu te garanto, isso é aterrorizante. Ainda bem que não sofro desse mal. O mal que me atinge é muito mais prazeroso. Por graça divina, passo a maior parte do tempo ao telefone por conta do trabalho (ressalva, não é telemarketing). Acho isso uma dádiva porque eu amo ficar ao telefone por horas. Quando não sou eu que pago, fica melhor ainda. Há um cliente meu que ainda cometerá homicídio (culposo, claro, não acho que ele tenha a intenção de me matar). QUE VOZ!!! Ligo para fazermos a entrevista e ouço: “Oi, Elaine, tudo bom?” Bom? Ta tudo ótimo, porque sua voz me faz ter pensamentos e sensações pecaminosas, você me deixa louca. “Oi, tudo bom. Vamos para entrevista?” Tenho um incrível autocontrole, acreditem. Ele conversando com a jornalista e eu pensando em todo o estrago que aquela voz pode fazer ao vivo bem pertinho do meu ouvido. Nossenhora! Sobre vozes, eu tenho uma teoria. Voz bonita, homem feio. Voz feia, homem bonita. Via de regra, funciona bastante. E ainda bem que existem as exceções. Como no caso citado anteriormente. E vamos, lá, temos que admitir uma boa voz, com a palavra certa e um bom vinho para um toque especial.... hmmmm.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Coisas de Minas

Minas tem suas peculiaridades. Gisdifora por osmose também. Sempre que vou em casa me beneficio de algo – digo, além do carinho fraternal de mamãe. Esse algo geralmente são os preços. Não raro faço compriminhas para consumo próprio. Sempre importo mateiga e queijos. Dessa vez, inovei. Estava eu, feliz e sorridente, com minha prima no supermercado quando avistei uma oferta. O absorvente que eu uso por menos da metade que eu compro aqui em São Paulo. Desculpe, platéia, mas eu não pensei duas vezes: comprei absorvente pra estocar até o final do ano. Como uso um por mês, comprei logo seis pacotes. E volto eu toda feliz pra Sampa com seis pacotes de absorvente na mala, cada um por R$ 1,69, enquanto por aqui eu não pagaria menos que R$ 2,30.

sábado, 11 de julho de 2009

Computador com necessidades especiais

Comprei meu amada note de um amigo meu. Configuração ótima, programas que eu queria por um preço que pude arcar em suaves prestações. Coisa de amigo mesmo. O único porém é que meu computador possui necessidades especiais. Primeiro, ele é todo em inglês. Por mais que tentasse configurar o teclado, nada funcionava. Foi numa viagem a trabalho que um simpático macho heterossexual com testosterona técnico de informática arrumou isso pra mim. Quisera eu que tivesse arrumado mais coisas, mas tudo bem ter ficado só no computador mesmo – nerd. Passado isso, resolvi economizar na compra de um DVD Player e decidi comprar os cabos para ligar meu distinto note na TV. Comprei três tipos de cabos diferentes. Conectei em tudo quanto é lugar e nada. Sai o som, mas imagem que é bom mesmo nada. Depois de um mês nessa guerra, herdei o DVD Player da minha mãe que funciona muito bem, obrigada, enquanto os cabos ficam jogados em algum canto da sala. A mais nova novidade (para ser redundante mesmo) é o mistério da instalação da impressora. Arrendei a impressora de uma amiga. Estou há quinze dias com a máquina e enfim resolvi instalar. Para minha surpresa, porém sem espanto, onde está a saída para impressora no meu note? Buracos incompatíveis, chave e fechadura errados, porca e parafuso trocados e qualquer outra referencia que se puder fazer a duas partes que simplesmente não se encaixam. Como das vezes anteriores, recorrir ao mentor espiritual deste aparelho – seu antigo dono. Conclusão, precisarei de comprar um cabo adaptador (mais um) para ligar a impressora. Espero que seja o último e meu computador com necessidades especiais consiga viver adaptado ao meu mundo.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Eu nego

Tem coisas na vida que a gente faz para não lembrar. Fato! Dessas, eu posso citar que nego terminantemente que eu tenha sido adolescente em algum momento da minha vida. NE-GO! Sempre que vejo os seres dessa categoria andando em bando, com roupas esquisitas, falando alto, dando gritinhos e outras manifestações do gênero, eu reluto em acreditar que já passei por isso. Raça danada. Insuportáveis! Se eu fui assim, eu esqueci, tive bloqueio dessa parte da vida. De uma coisa tenho certeza: EMO eu nunca fui. Pelo menos, na minha época (é, tem tempo mesmo), os teens eram limpinhos. Ninguém ficava andando na rua com o cabelo ensebado na cara, os meninos (mesmo os gays) não usavam roupa de mulher – estilo alternativo-descolado-cool, e a galera não ficava se beijando e chorando ao mesmo tempo por conta da muita EMOção. Mas como eu disse, eu não passei por isso. Saí da infância direto para a fase adulta, que, garanto, é muito mais legal. Imagina se um dia eu fui um ser disforme, sem personalidade, completamente desorientado e que ainda achava que tinha opinião. NUNCA!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Mulher alfa ataca novamente

Estou criando um problema para mim mesma. Desde muito tempo que não me enquadro no estereótipo de mocinha meiguinha-delicada. Isso tem mais ou menos 28 anos. Com a minha emancipação aos 25, identifico algo problemático nesse contexto: sou extremamente independente. Tudo que precisa fazer, resolver, pegar o boi pelo chifre, lá vou eu. Mudei para uma vida totalmente alone no início do ano. Comprei móveis, máquina de lavar, fogão. Instalei e transportei praticamente tudo (os móveis é obvio que a loja foi montar). Ontem, chegou a geladeira. Confesso que não é nada grande. Uma porta, compacta, quase do meu tamanho – meço 1,59 e MEIO. Instalei a bicha toda sozinha. Tirei da caixa, coloquei no lugar, etc, etc. E já faz parte do meu currículo vedar vazamento do tanque e vaso sanitário, instalar máquina de lavar, consertar telefone e outros servicinhos-peão. Além disso, durmo esparramada na minha linda cama de casal, com colchão Dom Perrione (como eu gosto desse nome!). Estou longe de me tornar um machinho, mas com certeza vou assustar uns por aí. O que diminui minha margem de conquista de um macho que realmente agüente o rojão. Mulher alfa, homens beta, gama, ômega...