domingo, 31 de maio de 2009

Conversas de teclados

É engraçado o que a gente ouve ou escreve por aí. Só sei que esses homens me supreende cada dia mais – e não falo isso de forma positiva. Relatos ouvidos recentemente:

Ela: Olha daqui pra frente, não vai rolar mais nada entre a gente. Você nunca me assumiu. A sorte é que nossa amizade é muito grande. Mas de boa, nem rolava tesão. Na primeira, ok. Mas depois não sei porque a gente continuou. E, apesar de você ter sido um grande filha da puta comigo, um dos maiores, daqui pra frente só amigos, tudo bem?
Ele: Você tem razão. Eu queria ter tido essa atitude antes. Mas não tive coragem.

Outros teclados:

Ela: Vou fazer uma pergunta direta: você tem medo de mim ou simplesmente não está mais afim?
Ele: Medo? Por que eu teria medo?
Ela: Hmmm, então, você só não está mais afim mesmo, né?
Ele: Afim de sair? De namorar? Porque namorar eu não quero.
Ela: Ai, que namorar, ow. Pára com essa mania de perseguição.

Mais uns toques e caracteres:

Ele: Tem uma mulher que eu tô afim, mas se fizer muito cu doce eu vou sair fora.
Ela: Mas você não quer namorar?
Ele: Quero, mas não vou insistir não.
Ela: Assim você não vai namorar nunca. Como ela vai saber que você é um cara bacana e que quer algo mais se você não vai atrás? Tempo de percepção de mulheres e homens são diferentes. Se você quer mesmo, rapaz, vai ter que correr atrás, oras.

Tantos medos. Tantas inseguranças e nós sempre temos que fazer o trabalho sujo? Ai, caras, me ajudem, né?! Vira homi – porra!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Amores de 30s

Tenho a incrível capacidade de me apaixonar perdidamente....por 30 segundos. O que posso fazer quando a vida oferece tantas oportunidades de amar para uma pessoa que é uma explosão de sentimentos. Somente hoje me apaixonei duas vezes. Na verdade, acho que isso é um trabalho humanitário. Um cara bacana e LINDO passa por você na rua. Você entra num daqueles momentos “esqueci de respirar”, sente palpitações e agradece à Criação o dom da visão. Uma onda de coisas boas exala de você para o rapaz. Naquele momento, a vida dele teve uma enxurrada de energia originada por você. Pronto, esta é uma paixão de 30s. E como seria bom que mais pessoas se apaixonassem assim emitindo boas vibrações ao invés de prestarem atenção na baranga brega do cabelo esticado loiro que passa do outro lado da rua. Isso não foi feito pra olhar. Mas o cara lindo, de cabelo jogado, ou do sorriso bonito, olhinhos apertadinhos, charmoso... esses, sim, valem a pena. Desejo a todas e todos muitas paixões de 30s.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Quero acabar em pizza

Eu sabia que tinha algo que me incomodava em São Paulo. Essa semana a luz se fez em minha vida – o que estraga a cidade são os paulistanos. Não é nada pessoal, apenas um fato. (Nota da autora: prezados amigos paulistanos, não se sintam ofendidos. Toda regra tem exceção e o fato de vocês serem meus amigos comprova isso. Então, por favor, não levem isso para o lado pessoal.) Talvez seja o problema da região onde eu passo a maior parte do meu tempo: Jardim Paulistano, proximidades do Shopping Iguatemi. Ai que canseira que dá ver esse povo cheio de si, respirando esnobação, expelindo arrogância, com cara de “eu sou a pessoa mais importante do mundo e não pra você seu cocô proletariado que vem NO MEU SHOPPING pra almoçar com ticket refeição de papel”. Primeiro, esse shopping é uma contradição e realmente uma praça de alimentação, uma C&A e uma Lojas Americanas devem incomodar a riqueza que só admite o varejão de luxo da Zara.

Mas nem tudo está perdido e, sim, há vida, calor e sangue quente em São Paulo. Salve o Bexiga e toda a italianada que vive lá falando alto, comendo, bebendo vinho e tumultuando as ruas do bairro. Como eu gosto disso. Passar o domingo em uma cantina, comendo massas altamente calóricas feita por uma mama, divagando sobre comportamentos sexuais alheios, gesticulando e rindo, rindo muito. Pra mim São Paulo poderia se restringir a isso. A esse calor e espontaneidade do mediterrâneo. Com a energia de quem saber aproveitar as coisas belas da vida e os prazeres que ela tem a oferecer. Sem pressa, sem preocupação, só intensidade. Ah, que intensidade!

terça-feira, 19 de maio de 2009

O que te faz mulher?

Existe uma energia quase sobrenatural que faz a mulher se SENTIR mulher. É algo que se sobrepõe à beleza, altura, inteligência, espirituosidade e que ao mesmo tempo é a reunião de tudo isso. É algo que faz ela chegar chegando. Que concentra todos os olhares deles e delas em qualquer ambiente. Que a destaca, ilumina e a faz ser única. O que será a causa disso? Estabilidade profissional? Um bom romance? Acho que não necessariamente, apesar de esses quesitos contribuírem muito positivamente. Acho que realmente estou numa fase down. Tudo isso que nos faz mulher, não está presente em mim hoje. E não quero aqui manifestações de solidariedade e auto-ajuda. É apenas um desabafo que me permito no blog que posso chamar de MEU. Mas me sinto uma massa amorfa, com pernas, braços, olhos, boca...pulmão e coração que realizam movimentos involuntários para manter a vida. Não causo. Não chamo atenção. Acho que peguei a capa invisível de uma amiga. Até porque hoje não usa mais e está muito bem, obrigada! Essa mesma amiga – diga-se de passagem, uma sábia – relatou que nós estamos na melhor fase da vida: idade ótima, energia, saúde, trabalho, independência, segurança. Só podemos aproveitar e sugar tudo que a vida tem de melhor. E sermos... MULHERES - com toda a magia e magnetismo que isso proporciona. Uma vez, também me disseram que esse ano seria bem difícil. Não acreditei porque anos ímpares sempre foram sinônimos de felicidade pra mim. Hoje, eu quero que tudo passe rápido. Quero voltar a ser MULHER.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Comer, rezar e dormir

Uma amiga emprestou um livro que tenho devorado. Chama-se Comer, Rezar e Amar, de Elizabeth Gilbert. É muito bom e recomendo a leitura. Resolvi transpor o livro para o momento atual da minha vida e cheguei à conclusão de que o melhor título seria: Comer, Rezar e Dormir. É exatamente este o momento que vivo. Sabe, isso me fez lembrar quando a gente mora com a mãe e tem a janta em casa e o ritual que se processa é exatamente esse: você come – e come muito porque comida de mãe É comida de mãe; aí vai rezar – agradecer pelo dia, pela coisas que aconteceram e, claro, fazer o pedido nosso de todo dia; e, finalmente, vai dormir. Porque quando se mora com a mãe, geralmente é isso que acontece. Pra completar a minha história, só falta a mãe na jogada, porque a rotina já é Comer, Rezar e Dormir. Espero que essa fase passe logo!

sábado, 16 de maio de 2009

All About Lovin’ You

Eu me apaixonei por você quando tinha 12 anos. Mergulhei na sua vida, na sua história. Acreditei fielmente naquilo que você tinha a dizer. Os momentos te alegria era com você que eu comemorava. Se por algum motivo estava triste, você tinha o dom de me colocar pra cima. Como nos divertimos! A vida nos afastou. Correria, prioridades, conflitos... desculpas não faltaram para que eu não tivesse mais notícias suas. Aí, de repente, meio sem motivo, eu sentia saudades. Te procurava. E tudo que era bom e verdadeiro ressurgia. 15 anos depois, é incrivel perceber como ainda sinto a mesma coisa quando ouço sua voz.


Looking at the pages of my life

Faded memories of me and you
Mistakes you know I've made a few
I took some shots and fell from time to time
Baby, you were there to pull me through
We've been around the block a time or two
I'm gonna lay it on the line
Ask me how we've come this far
The answer's written in my eyes

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Prêmio Dardos

Recebi o prêmio dardos da Rê, do Depois dos 30, porque pimenta arde.

Abaixo os meus indicados:

- Um Pitaco sobre quase tudo
- Tenho Sofrido
- Vida Folha Dupla
- Quero te pegar sóbrio

Ganhadores, o que fazer:

“Com o Prêmio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade por meio do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web". E as regras são:

1) Exibir a imagem do selo;

2) Linkar o blog pelo qual você recebeu a indicação;

3) Escolher 15 outros blogs a quem entregar o Prêmio Dardos;

4) E avisá-los, claro!

Eu Pintinho Amarelinho

Existem alguns hábitos na vida que não devem ser mudados. Como diria o velho ditado: em time que ta ganhando, a gente não mexe. Sempre que isso acontece, a lei de (S)Murphy vem com toda sua aplicação infalível. (pausa para reflexão: originalmente, lei de Smurphy foi camuflada para Murphy devido à já excessiva popularidade do desenho com cogumelos alucinógenos e seres azuis liderados por um papai). Tudo isso para dizer, que esqueci o guarda-chuva na empresa e hoje ao sair de casa estava chovendo. Não havia um p**o de um vendedor pelo caminho.

Saí de casa com o único casaco com capuz que possuo, na discreta cor amarelo-mostarda. Capuz na cabeça e água caindo. E o sentimento de “por quê?”. Não faço mal a ninguém, só deixei o guarda-chuva na empresas para carregar menos peso. Mas Smurphy veio marcar presença na minha vida.

No trajeto, avisto um coleguinha de galinheiro. Será um amigo? Um pintinho amarelinho da mesma ninhada? Era o cara da CET. (Outra pausa para reflexão: aqui em São Paulo fala-se CÊ-TÊ – companhia de engenharia de trânsito. Se fosse lá em Minas, a gente falaria CÉ-TI, já que o tê é mudo e nosso E aberto.) O carinha desconhecido da CET me pareceu o ser mais próximo e afável semelhante naquele momento, compartilhando as gostas de chuvas que caindo sem cessar.

Agora são 11h27 (horário de Brasília), nos pés papel branco enrolado para evitar que a friagem passe para meu corpo e ajudar a secar o sapato.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Um bom dia

Hoje, o dia começou muito bem. Céu azul e temperatura agradável na poluida São Paulo. Então, percebo duas coisas: celular ficou em casa e eu esqueci de tomar o anti-neném. O celular em casa não é problema. Ninguém nunca me liga mesmo. Se bem que estou em uma fase transformadora, o telefone pode tocar a qualquer momento com uma ligação super importante. Mas isso eu só saberei às onzes da noite... enquanto isso me corrói a ansideda e burrice ter esquecido de tomar o anti-neném.

Meu gineco falou que 24h sem tomar o remédio, nem adianta tentar depois, naquele dia ele perdeu o efeito. Ele estudou pra isso, logo confio. Levando em consideração que tomei o comprimido ontem às oito da manhã, chegar em casa hoje às 23h e querer dar uma de bonita tomando a pílula como se nada tivesse acontecido não vai funcionar.

Pronto! Eis que me cérebro cria vida independente e começa a traçar um cenário nebuloso de falha na ingestão da pílula. Para piorar eu já havia lido a bula. Lá diz que 1% das mulheres que tomam meu remédio de forma regular podem engravidar. É MUITA GENTE. E se falhar a ingestão aumentam as chances. Ser uma mulher saudável e na flor da idade favorece ainda mais. Ótimo!

Ainda indignada com a mulice por esquecido de tomar na hora relgiosa, passei na primeira farmácia ao caminho do trabalho e comprei o remédio. Tomei. Aliviada por contribuir regularmente para o controle populacional do planeta, agora o problema era só tentar adivinhar quem estaria me ligando desesperadamente no celular que repousava ao lado da minha cama. Onze da noite chego em casa. Nenhuma ligação. Até amanhã!

Sorte

Ontem dei preju para meu patrão. De forma delicada e intensa, espatifei um de seus copos. Nem eu sei como isso aconteceu. Estava ao telefone, prestes a digitar o número a ser chamado. Ao perceber que faria ligação errada, fiz o movimento para desligar o aparelho – movimento que já realizei várias vezes sem perigo à sociedade. Mas não foi o que aconteceu ontem. O copo estava bem no meio do caminho e sofreu as conseqüências.

Como boa supersticiosa que digo não ser, fui logo para internet pesquisar o significado de quebrar um copo. Se significasse qualquer coisa ruim, claro que eu não iria acreditar. Mas é SORTE. Quebrar um copo dá sorte. E eu acredito piamente nisso. Havia uma ressalva: espatifar nas mãos ou pisar nos pedaços do copo é azar. Aí, e eu te pergunto, por que será, né?! No meu caso, coisas boas virão! SORTE!!!!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Bites e megabites

Ela diz que tá afim e ele também. Se conhecem, mas nunca se pegaram e a revelação de desejo recíproco se deu virtualmente – por iniciativa dela, mas com total resposta positiva dele. Entretanto, após essa catarse emocional nunca mais se viram. Moram em cidades diferentes. Nem um nem outro arruma tempo para uma visitinha. Ou não arrumam ou não querem arrumar. A questão é que, depois de certo tempo, a punhetagem virtual cansa. Fica o blá blá blá do “te quiero”, “te desejo” e zzzz cada um continua dormindo na sua cama sem a menor perspectiva de se encontrarem. O botão do foda-se está em nível médio. Quando chegar no alto vai logo tacando um vírus e detonando o computador alheio. Em contrapartida faz bem pro ego.
Eu prefiro o mundo de carne e osso.

sábado, 9 de maio de 2009

Cavalismo

Desde que me entendo por gente tenho a sensação de que nasci na época errada. Sempre gostei de músicas, filmes e derivados da época da minha mãe pra trás. Mas uma das coisas que mais sinto falta hoje em dia é de cavaleirismo. Onde foi parar toda aquela gentileza com que os homens tratavam as mulheres? Eu não sei. Em seu lugar está o cavalismo, a forma estúpida e descartável com que os homens nos tratam. Não é regra absoluta, mas suas exceções estão cada vez mais escassas.
E aí, você escuta ou presencia as maiores barbaridades. Seria isso fruto da guerra dos sexos e vontade da mulher ocupar seu lugar? Ora, meninos, não confundam alhos com bugalhos. Apesar da cara de duronas, somos moles, emocionais e adoramos uma gentileza. Think about it.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A melhor coisa do mundo

Tem algo melhor em saber que alguém gosta da gente? Demonstrações de carinho, amizade, companheirismo... um “oi, como você ta?” inesperados causam uma ótima sensação. Gente que você nem imagina que pense em você de repente manda um recado pedindo notícias. Sem falar naqueles que estão conosco todos os dias, agüentando nossas lamúrias, choros e dando força o tempo todo. Dizendo que tudo vai ficar bem, é só uma fase. Às vezes, a gente nem dá bola, mas fica feliz em saber que eles estão na torcida por nós. Oh, coisa boa receber esse carinho.