O que que há? O que que tá se passando com a minha cabeça? Com vontade de acertar demais, vem um erro atrás do outro. Pequeno, grande, talvez insignificane, mas é erro. Erro que poderia ter sido evitado por uma pequena atenção a mais. As energias estão todas fora do lugar. Para calar, falo. Quando é importante falar, simplesmente me calo. Por que não disse quando você me perguntou? Por que não calei quando você me pediu? Agora, sou eu e meus erros em silêncio. Já não sou mais como era antes e sinceramente não sei se isso é bom. Eu gostava de mim antes. Eu confiava mais em mim antes. Eu mudei sim. De um jeito que eu não queria e que não pude evitar. E as pessoas que amo? Magôo, magôo e magôo. Já fui uma filha melhor, uma irmã melhor, uma amiga melhor. Sim, eu já fui muito melhor. Tudo em volta roda e eu estou cada vez mais tonta. Tão estranho, tão instatável. Estou fraca na fé, fraca no amor, fraca na alegria. Hoje eu não tenho nada a mais para oferecer. Estou toda errada. Começo mais um ciclo com a clara certeza de que não me reconheço mais. E como é ruim admitir isso. Perdoa se puder, perdoa.
terça-feira, 28 de julho de 2009
O retorno de Saturno
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Discurso padrão alcoolizado
Após, muito dançar, fazer novos amigos e algumas cervejinhas, peguei carona de volta pra casa com uma coleguinha e seu respectivo. Eu que já falo pouco, fui falando mais ainda no caminho da volta. Muito do discurso só foi revelado a mim mesma nesta segunda-feira. E era algo mais ou menos assim: “Sabe como é que é Fê, eu não tenho família em São Paulo. Eu sou sozinha. Acho que vocês deveriam me deixar em casa. E se eu passar mal no caminho? Vou ficar em casa toda largada, sem ninguém.” Tudo isso com a voz mais dramática que eu poderia fazer. Nem assim convenci e fui largada ao léu em plena paulista.
Aí só tinha eu comigo mesma a pensar: “esse sapato tá doendo. Mas não dá pra tirar no meio da rua, com o monte de micróbios que tem no chão. Ai que nojo. Ih, qual ônibus vou pegar?” Peguei logo qualquer um e antes que desse por mim mesma, estava na porta do meu prédio e ali, sim, em cima do tapetinho lavado diariamente pelos zeladores fofos, eu tirei o sapato assassino. E mal sabia eu da missa a metade. Apenas nessa segunda, me foi revelado o discurso fatídico. E uma outra amiga, com quem peguei carona voltando de um churrasco meses atrás, falou que já conhecia o discurso de cor e salteado, pois eu usara a mesma ladainha na volta pra casa.
Neste último sábado o discurso não me deixou na porta de casa, mas solidarizou meus amigos, que agora querem me dar colo constantemente. O que eu acho ótimo, já que meu aniversário está chegando e acho que vou repetir esse discurso em algum momento.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Ishalá muito ouro
A riqueza bateu em minha porta
E eu abri
Senhoras e senhores
Não sou pobre mais não
Senhoras e senhores
Não vou mais trabalhar
Senhoras e senhores
Só quero vida boa
E a pobreza no olho da ruaaaaa
ps.: post baseado numa obra de ficção científica
Egoísta
(silêncio)
Toc toc
(hmmm não deve ter ninguém em casa)
Pega o telefone. Melhor não ligar, tá tarde.
Vou escrever. Pensando bem, melhor não.
Fica aí quieto no seu canto, que eu fico aqui no meu.
Talvez você esteja na mesma situação. Ou talvez eu só queira que você esteja para que eu não me sinta a única sozinha nisso.
Ela bateu aqui em casa. Fingi que não tinha ninguém. Não quero deixar ela entrar. Pelo menos não com a minha autorização. Ela bateu aí também? Pensei em ligar ou escrever só pra te perguntar isso.
Mas e se ela estiver te rondando também e a gente perceber que tá no mesmo barco. Só que como sempre remando estupidamente para lados opostos. Será que vai adiantar dar notícias?
Acho que seria só para alimentar meu egoísmo.
É, melhor não mesmo. Deixa como está. Só saiba que de vez enquando penso em você. Exatamente nas cínicas situações em que me sinto sozinha. Depois, passa.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Vozes
terça-feira, 21 de julho de 2009
Coisas de Minas
sábado, 11 de julho de 2009
Computador com necessidades especiais
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Eu nego
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Mulher alfa ataca novamente
Estou criando um problema para mim mesma. Desde muito tempo que não me enquadro no estereótipo de mocinha meiguinha-delicada. Isso tem mais ou menos 28 anos. Com a minha emancipação aos 25, identifico algo problemático nesse contexto: sou extremamente independente. Tudo que precisa fazer, resolver, pegar o boi pelo chifre, lá vou eu. Mudei para uma vida totalmente alone no início do ano. Comprei móveis, máquina de lavar, fogão. Instalei e transportei praticamente tudo (os móveis é obvio que a loja foi montar). Ontem, chegou a geladeira. Confesso que não é nada grande. Uma porta, compacta, quase do meu tamanho – meço 1,59 e MEIO. Instalei a bicha toda sozinha. Tirei da caixa, coloquei no lugar, etc, etc. E já faz parte do meu currículo vedar vazamento do tanque e vaso sanitário, instalar máquina de lavar, consertar telefone e outros servicinhos-peão. Além disso, durmo esparramada na minha linda cama de casal, com colchão Dom Perrione (como eu gosto desse nome!). Estou longe de me tornar um machinho, mas com certeza vou assustar uns por aí. O que diminui minha margem de conquista de um macho que realmente agüente o rojão. Mulher alfa, homens beta, gama, ômega...
Gosto muito de te ver leãozinho
Autoafirmação, egocentrismo, ditaduras.
Tudo fachada para esconder a insegurança.
Se não somos o centro das atenções, reclamamos.
Se somos rejeitados, desabamos.
Chamamos a atenção para afirmar a nós mesmo que somos capazes.
Mas nos sentimos como que pisando em ovos o tempo todo.
Basta um ovo quebrado para começar a autopunição.
E como somos cruéis!
O autoperdão é tão difícil.
Gatinhos assustados!
Carentes!
Com mesma capacidade que iluminamos, escurecemos.
Mesclamos um e outro e quase ninguém nota.
Temos sempre um sorriso se você precisar.
O auto-sarcasmo esconde tudo isso.
Vou pra toca!
Gosto muito de te ver leãozinho, caminhando sob o sol...
Tua pele, tua luz, tua juba.
P.s: Este é o último post do gênero e prefiro não comentar. Sem maiores explicações. O post basta. Obrigada!
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Minha vizinha não é o terror
Dessa forma, também descobri que quando uma pessoa não tem o que fazer, ela não tem o que fazer mesmo. Minha amada senhorinha vizinha me contou que existe uma pessoa do 18º andar que faz parte do conselho (do qual minha vizinha também é membro) e que desce de andar em andar fiscalizando o hábito dos moradores e que foi essa criatura que reclamou do meu som.
Minha vizinha me garantiu que o som e conversas altas não a incomodam. E eu me coloquei à disposição da terceira idade caso eu faça barulhos incomodadores. Ainda bem que não criei confusão com podre senhora que lava janelas às oito da manhã, pois ela foi super gentil e amável. Mas a fiscalizadora sem serviço que me aguarde!