terça-feira, 11 de agosto de 2009

O gênio mau que habita em mim

Desde os tempos em que eu assistia Walt Disney e fui apresentada pela primeira vez ao capetinha e ao anjinho que incentivam as ações dos personagens, vi que aquilo tudo fazia absoluto sentido. Sempre que tenho pensamentos pecaminosos, imagino o capetinha assoprando sugestões no meu ouvido. O anjinho a gente quase nunca percebe e costuma atribuir as boas ações a si mesmo (óbvio).


Recentemente, descobri que o capetinha tem um animalzinho de estimação. Como eu não gosto dele, eu o deixo dentro de mim, bem escondidinho, preso e amordaçado em uma jaula. Mas é só cutucar e o bicho enlouquece. Ele vem com tudo com pitadinhas de crueldade que só eu sei. Eu digo que só eu sei, porque ele fica dentro. Eu não o deixo sair, meu povo! Vocês estão em segurança, garanto!Mas que ele está aqui, ele está. Fica se revirando, doido pra encontrar um pescoço para devorar. Depois que ele gasta toda a energia internamente, ele sossega de novo e volta a dormir.


Isso parece ruim. Mas não é. Não é porque consigo perceber quando ele está fugindo do controle e vai machucar as pessoas e aí seguro o bicho. Ruim é deixar ele por aí, atropelando tudo e todos. O anjinho fica aqui coitado, trabalhando, trabalhando para transformar essa fera em uma linda gazela encantada e dócil. Ele vai conseguir!

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