segunda-feira, 8 de junho de 2009

Um texto bobo

No final do dia bate uma irritação misteriosa, como se o mundo todo estivesse contra você, quando, na verdade, o problema é interno. Culpa das milhares de sinapses diárias ocorridas involuntariamente por conta da criativadade excessiva em cima de situações imaginárias. HORMÔNIOS. Claro, a culpa é deles. Só posso estar de TPM – a maravilhosa desculpa fundamentada para não reconehcer a pequenez em si mesma.
E tudo irrita. O vinho comprado para ser tomados sem taças irrita. A tensão pré-viagem de feriado irrita. Os amigos realizando festas no fim de semana que você não está irrita. Mas o que irrita mesmo são as constantes sinapses que não cessam em cima de possibilidades imaginárias irrealizáveis. Tem como ser menos criativa? Existe remédio para controlar a imaginação? Quanto mais imagino, mas fico irritada. E me irrita saber que depois dessa irritação vem a tristeza. Entristeço porque a imaginação não virou realidade, porque a viagem é daqui a dois dias e amanhã eu tenho que trabalhar.
Envergonho. Olho pra frente e vejo que ele não sabe ler. Faz perguntas repetidas para a mesma linha de ônibus, por vergonha de perguntar a alguém e revelar seu segredo. Sorrateiramente, pergunto se ele vai para Paulista. Digo que também vou e pego o ônibus que não preciso. Ele está encaminhado, inseguro ao lado do cobrador para não perder o ponto. Eu sentada no escuro do ônibus escrevendo a perda de tempo de um da imaginariamente irritado. Ainda bem que ele não sabe ler!

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